quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Pequim

Talvez estejam à espera que conte por aqui coisas da China. Decerto o farei... mas fazer um post só para contar a viagem não dá. O que posso dizer é que é tudo muito diferente do que estava à espera. Pequim é indescrítivel... porque contado ninguém acredita. Somente indo lá é que dá para perceber. O mundo não tem noção do que é a China. É claro que não tomo a parte pelo todo. Pequim é, concerteza, muito diferente do interior. Mas o que posso dizer é que Pequim é a cidade mais moderna, mais capitalista, mais opulenta, mais segura, com o povo mais simpático, mais organizada, mais consumista onde já estive. Concerteza estão a ler isto e a pensar... este rapaz exagera um pouco. Mas não... só visto mesmo. Eu não sou muito viajado, mas já fui a alguns sítios. Mas no grupo onde ia estavam pessoas que já tinham viajado pelos quatro cantos do mundo e que já tiveram nas cidades mais grandiosas e famosas do mundo. E a sensação era unânime... estavamos todos embasbacados. Lisboa, a bela Lisboa é uma pequena vilazita pobre comparada com Pequim. A Pequim, no entanto, falta-lhe beleza e tem um ar pesado de um constante smog que paira sobre a cidade. Mas tudo o que ficou dos tempos do império é de estarrecer. A grandiosidade é enorme... dizer isto parece uma redundância, mas não. Dizer a grandiosidade é enorme é dizer muito pouco para descrever aqueles palácios.
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Bom... aos poucos e poucos espero falar por aqui mais sobre Pequim.
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Resta-me dizer que ainda não recuperei totalmente da viagem. Vim constipado, será que é das aves? Vim cansado... acho que vai demorar uns dias a restabelecer-me totalmente.
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Entretanto vou colocando algumas fotos no Zoom... afinal, bati todos os records desta vez. Tirei 55 fotos nas 5 horas que passei em Amsterdam e foram mais 1011 na China... é claro que a grande maioria não presta para nada, mas se 10% se aproveitar então tenho fotos que cheguem para alimentar o Zoom nos próximos meses.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Crónica

Chegou a casa cedo. Nas mãos trazia vários sacos... uns com compras de supermercado, outro com um grande embrulho. Equilibrava também entre as mãos um enorme ramo de flores... orquídeas. Toda a gente oferecia rosas, mas ele não. Ele gostava de ser diferente e orquídeas era mais especial. Pousou as compras na cozinha, o embrulho na sala e escondeu o ramo no quarto. Despiu-se, tomou banho, trocou de roupa. Foi para a cozinha preparar o jantar. Voltou à sala e escolheu um cd... algo suave que sabia que ela gostava. E ele também. Preparou a mesa com cuidado. Abriu uma garrafa de vinho. Uma daquelas garrafas que há muito desejava conhecer. Um daqueles vinhos que quando o sabor abria fazia abrir e aquecer corações. Decantou-o. Acendeu velas pela sala. Não era muito dado a essas coisas... mas sabia que ela era. E sempre tinha visto nos filmes que dava um ar mais romântico a cada cenário. Verificou se tudo estava no sítio. Se nada faltava para a noite que tinha preparado para os dois. Voltou à cozinha. Não era grande cozinheiro mas sempre conseguia fazer alguma coisa. Estava quase pronto. Ouviu a porta a abrir. Era ela que chegava. Recebeu-a ternamente com um beijo suave e o olhar de quem nada mais precisa neste mundo. Ela viu o cenário. Sorriu. Abraçou-o e beijou-o. Ele foi buscar as flores. O olhar dela brilhou intensamente... mais ainda. És um tonto, disse ela. Gosto de ti menina, disse ele. Pegou no embrulho e entregou-o nas suas mãos. Era a tradicional prenda do dia de namorados. Um urso de peluche. Já nem se lembrava de como tinha começado aquela estranha tradição. Todos os anos dava-lhe um urso de peluche. Este ano era azul... quando o viu na loja lembra-se de ter pensado Um urso azul?! Que estranho... mas vai ser mesmo este. Ela gostou dele. Era mais um para a sua já longa colecção de ursos. Sentaram-se descontraídos e sorridentes. Ele serviu o jantar e o vinho e foram conversando, olhando e sorrindo ao longo da refeição. No final, enquanto comiam o gelado stracciatella que ela tanto gostava, ela diz-lhe temos de deixar de fazer isto. Isto o quê, perguntou-lhe ele. Ela olhou-o fundo nos olhos e disse estas noites, esta nossa relação, isto tudo tem de acabar. Ele ficou gelado... conseguiu balbuciar mas porquê? Tu sabes, retroquiu ela e continuou a nossa relação não existe. Mas eu pensava que estava tudo bem, diz ele com uma voz nitidamente triste. Ela sorriu-lhe e com uns olhos que transbordavam compaixão disse e está tudo bem, mas a nossa relação não existe. Eu não existo. Eu vivo somente na tua imaginação. Ele, passando de um tom triste para um tom zangado, afirmou como podes dizer isso!? Ela voltou a olhá-lo com os olhos de quem ama e diz-lhe olha para o meu copo, está cheio... olha para o meu prato, está cheio... vai ao quarto procurar as minhas roupas no roupeiro, não existem... procura as minhas fotos, nunca foram tiradas... eu não existo. Sou uma criação tua e tens de acabar comigo. Ele ficou de cabeça baixa e num tom sumido disse mas eu amo-te e fazes-me feliz. Não, disse ela, não amas... amas a ideia de mim e serás feliz quando a ideia de mim se materializar. Ele limitava-se a olhá-la incrédulo... ela continuou gosto demais de ti para para te ver a atravessar definitivamente as portas da loucura. Hoje vou-me embora de vez... e tu deves procurar alguém que te possa tocar. Ela levantou-se, abraçou-o, beijou-o e olhou-o uma última vez. Ele olhou-a e viu perfeitamente uma lágrima que escorria pelo seu rosto. Depois ouviu a porta a bater. Ele sentou-se... acabou com o resto de vinho que ainda havia e depois foi-se deitar.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Ena...

Aqui fica uma boa ideia para prenda do Dia dos Namorados...
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Barcos

O dia do encalhado aproxima-se. Mais uma vez não tenho ninguém com quem ir jantar fora nesse dia. Pessoalmente acho uma treta esse dia temático. Quem tem de esperar pelo dia dos namorados para fazer qualquer coisa de mais especial com a cara-metade é porque a relação já não existe. Mais vale aproveitar esse jantar, embebedar-se, dizer meia-dúzia de palavrões e insultos (são perfeitamente aceitáveis referências ao tamanho das mamas ou rabo e referências ao tamanho da pila e da barriga, respectivamente) e terminar ali mesmo a relação com o despejar do resto do vinho na cara da cara-metade. Aconselha-se que seja no final... já depois da refeição ter sido deliciosamente aproveitada.
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Realmente é constrangedor ver nesse dia, em público, que há casais que não têm nada para dizer um ao outro e que passam uma refeição inteira sem trocar uma palavra. Por amor de Deus... porque é que não vão ao cinema e comem pipocas?! Até pode ser que algum deles se engasgue numa e obrigue o outro a sentir que a possível perda do outro seria algo trágico e insuportável e fazer com que vivam mais a relação. Ou então que finalmente se apercebam que aquela relação não vale nem uma pipoca.
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Bom... no fundo, no fundo... eu sou contra os dias temáticos. E acho essa treta do dia dos namorados uma merda. E o que tenho a dizer é puta que pariu o dia dos namorados e tal... mas o que gostava mesmo era de marcar um restaurante agradável, e levar lá alguém que goste e passar uma noite mais especial. Isso sim... era bom.
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Enfim... pode ser que a maré suba um dia destes e ponha a navegar muitos barcos.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Onde

Fazes-me falta... e nem sei quem és. Onde estás? Porque é que demoras tanto a aparecer? Sabes que não suporto mais a tua ausência? Preciso de ti nestes dias... preciso de ti nos outros dias também. Preciso de ti de manhã, à tarde e à noite. Preciso de ti sem te conhecer... sem saber como és... sem saber quem és. Não estou bem... mas estarei quando chegares. Ficarei bem contigo ao meu lado para me dizeres bom dia e até amanhã. Estarei bem ao escutar a tua voz, vendo o teu sorriso, sentindo o teu calor. Onde estás? Porque te demoras tanto? Aconteceu-te alguma coisa? Perdeste-te pelo caminho? Procurar-te-ia, mas desconheço os contornos do teu rosto. Sei simplesmente que preciso de ti... que estou pronto para ti. Vem... estou à tua espera.

Play me #12

Clássica... música clássica é o que ficará aqui por uns tempos. Dôme Épais (Flower Duet) retirado da ópera Lakmé do compositor francês Léo Delibes.
E porquê? Porque me apetece... à cause de rien.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

China

Legenda
O admirável povo da China está feliz, ansioso e preparado para a grande e esperada visita do honorável Esplanando

Frases soltas #24

I like to get kissed before I get fucked.
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in, Blood Diamond

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Soy Yo

Ontem foi ver um bom filme. Não é um excelente filme nem é um filme marcante... mas é um bom filme. Um filme argentino classificado como comédia mas que, de comédia, tem pouco. Ou melhor... o que tem de comédia é no sentido do que a vida em si pode ter de cómico, e nesse aspecto até teve bastante. No sos vos, soy yo trata a vida de um homem na casa dos trinta que se vê abandonado pela sua companheira. O filme retrata o processo de encaixe dessa situação, da recuperação, do entendimento dos porquês e respectiva aceitação. Trata também do que ele, pessoa incapaz de estar sozinha, fez para voltar a encontrar alguém. No cartaz do filme está escrito Tudo o que não deves fazer se a tua companheira te abandona.

O filme foi delicioso para mim... vi-me retratado em muitas situações. A história de base em nada se assemelha à minha, mas o que se segue em muito se parece. Talvez por isso tenha gostado tanto... porque talvez o tenha entendido melhor do que a maioria das pessoas que o forem ver.

No ouvido ficou uma frase mais ou menos assim: Não nos apaixonamos por pessoas. Apaixonamo-nos por situações.

domingo, fevereiro 04, 2007

Nova imagem?

Pois bem... tenho a dizer que o novo blogger pode não estar isento de defeitos, mas tem bastantes virtudes. Principalmente nas facilidades que oferece na gestão dos link e outras funcionalidades que oferece.
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Mas a passagem para os novos templates que permitem essas funcionalidades tem um grave problema. Templates que tenham sido construídos e adaptados, como o meu, perdem o layout todo quando se procede à passagem.
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Gosto muito do layout que tenho actualmente... quanto mais não seja pela trabalheira que me deu a chegar a esse resultado.
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Nos últimos dias estive a construir um novo layout dentro dos novos templates do blogger. O resultado foi deu em algo bastante diferente. E é por isso que gostaria da opinião de quem acompanha este blog para saber se o novo template vos agrada também. Se assim fôr, procederei à passagem definitiva para o novo layout. Também confesso que ainda não sei se depois será possível a passagem simples de um template para o outro. Podem vê-lo carregando aqui. Escrevam a vossa opinião... se a tiverem, claro.
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(retirei o link para o blog onde faço os testes de template porque já não faz sentido estar lá, pois o layout está outra vez definido para os próximos tempos)