Ultimamente só me apetece escrever histórias non-sense, ou coisas impossíveis, ou coisas completamente fora do comum, ou histórias de gente que enlouqueceu, ou coisas sem pés nem cabeça. Será que isto é a tal história de que as experiências do escritor reflectem-se nos seus temas e na sua escrita?
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Será que vou mesmo enlouquecer?! Se assim fôr, então que seja só no inverno e quando já não tiver dias de férias para tirar nesse ano. E já agora, depois de ter passado uma tarde inteira numa bela esplanada a beber gin tónicos uns atrás dos outros até cair para o lado (coisa que nunca me aconteceu nem acontecerá). É claro que eu podia dizer que queria que fosse só depois de uma gaja perdida de boa se meter comigo, me levar para casa dela e dar-me a queca da minha vida, mas se eu dissesse isso toda a gente iria pensar que eu no fundo sou é completamente tarado... e eu não quero que pensem isso sobre mim, apesar de ser verdade. O que quero mesmo é que julguem que estou a endoidecer. É muito mais divertido! Quer dizer... se calhar para algumas é muito mais divertido o tarado! Enfim... a realidade é que nem uma coisa nem outra. Sou um gajo normal, bastante cerebral e racional de palavras e pensamentos.
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E quem me conhece bem sabe que, se calhar, até estou a mentir... ou a falar a verdade! No fundo... há muitos Esplanandos a habitar no Esplanando. Aliás, o próprio Esplanando até habita um outro gajo que tem uma vida estúpida e insípida. Mas esse gajo até é um gajo porreiro... paga as contas, leva-me de férias e deixa-me divertir. Mas o que queria dizer é que há mesmo vários Esplanandos... e alguns deles são bem perversos. Ou então não...