Toque
It's the sense of touch. O toque... ou a falta dele. E eu, eu tenho muita falta dele. No entanto assumo sempre uma postura que impede qualquer aproximação, qualquer contacto. A linguagem corporal é sempre clara. Não aproximar! Um total medo e desconforto com o toque. Quando alguém fura o esquema tão bem elaborado o desconforto é visível... fico tenso, hirto, com pouca mobilidade. Mas, nesses momentos, não posso deixar de pensar... é bom, é muito bom que nos toquem e que se encostem a nós. E só temos pena que não aconteça muito mais vezes por muito mais gente.
Oh rapaz isso resolve-se com uma massagens ;)
Bom resto de fim de semana, amiguinho.
:)
Eu sou uma daquelas pessoas a quem podemos chamar de "tocadoras". :D
No entanto, sinto quando as pessoas não gostam de ser tocadas. Mas quando essas pessoas são minhas amigas é difícil não as tocar e, nessas alturas, sinto o desconforto delas e sinto-me, de certa forma, uma invasora de um espaço de conforto.
Também eu, nesses momentos, tenho dificuldade em quebrar o meu esquema de comportamento. Porque é esse toque que me facilita a aproximação aos outros.
É por sermos todos tão diferentes que os relacionamentos inter-pessoais não são fáceis mas é também por isso que eles são tão interessantes. :)
Lá vou ter que falar de salsa! Mas acredita, tem tudo a ver.
Os "problemas" de toque são comuns, para a generalidade das pessoas, em maior ou menor grau. Nas primeiras aulas de salsa, toda a gente está desconfortável, nem que seja um pouquinho só. O simples gesto de "dar as mãos" é constrangedor, desconfortável. O que é facilmente compreensível, se pensarmos que, na nossa sociedade, as pessoas adultas só dão as mãos entre si no contexto de uma relação amorosa. Na salsa, não há nada mais natural do que esse gesto! Lembro-me das primeiras vezes que dancei kizomba, em que ficava tão tensa, tão hirta, que desenvolvia umas valentes dores de costas!
Mas ao fim de algum tempo, esses primeiros constrangimentos desaparecem e tudo fica mais fácil. É quando se começa a dançar, quando a cabeça nos deixa livres para dançar, para interagir, para comunicar. E as pessoas transformam-se, melhoram por dentro e por fora. Ganham segurança e auto-estima. Pensando bem, acho que nós, salseiros, somos "viciados" na dança exactamente por isso, por nos permitir interagir com os outros de uma forma puramente física e natural, forma essa que não temos noutros contextos da nossa vida e que nos faz falta. Quantas vezes não precisamos de um abraço, por exemplo? De sentir que não estamos sozinhos?
Acreditem, a dança pode ser uma terapia fantástica! A salsa!
O toque dos amigos, de quem se gosta é fundamental!
"Se por acaso me vires por aí"
Eu dou-te um abraço.
Faça o favor de mergulhar nas cores.Don´t you be so grey. :)
Beijo grande.boa semana
Esplanando,
Eu não sinto dificuldade em tocar ou ser tocada. Nunca pensei sequer nisso, e não tenho conhecimento que seja algo difícil de fazer, não me lembro de me ter apercebido de tocar alguém e a pessoa ficar desconfortável. Não vejo também porque tem que haver uma "boa" razão para tocarmos alguém. Encaro como sendo apenas mais uma forma de comunicar com quem gostamos, e é sempre agradável. Tocarmos alguém não significa que queremos algo em troca, fazemo-lo porque é uma coisa que nos dá prazer fazer.
Comigo acontece um pouco o mesmo. Mas algumas pessoas conseguem ultrapassar essa barreira que eu imponho.
Caminhei um pouco.
Caminha tu também.
Só gostava de saber a razão. Não foi falta de contacto físico na infância, como o Lars do filme, mas alguma coisa ou várias aconteceram para ter esta reacção.
Procura as causas.
PS. Sabes, por vezes temos que optar por outra filosofia de vida individual, que nos deixe tocar e sermos tocados.
pois são os contrários que nos dominam!
beijos
Às vezes também me "fecho" ao toque, aliás ultimamente tenho-me fechado um pouco ao mundo... Acho que é uma boa altura para mudar ;)*
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