Sou uma pessoa desligada. É isso que sou. Não procuro as pessoas. Fico simplesmente à espera que elas me procurem. E quando elas decidem perder o seu tempo comigo, mesmo assim acabo por me esconder e torno-me difícil de encontrar. Queixo-me muitas vezes de falta de companhia, mas o culpado sou eu... não são as circunstâncias da vida, nem o ritmo da cidade. Sou eu. Eu, tão simplesmente eu. Fecho-me sobre mim próprio. Não procuro ninguém. Grito para que me encontrem e no entanto escondo-me.
Se isto é feitio?! É... mas cabe-me a mim e só a mim tentar ser mais ligado às pessoas que conheço e com as que se vão cruzando comigo.
Bloqueei a minha mente na tentativa de encontrar uma companheira... e não me apercebi que deste modo me afastava de tudo e de todos. Deste modo tornei-me infeliz comigo próprio e tão fechado que se tornou impossível conhecer-me. Não dou o passo de procurar, convidar, apelar e não dou hipótese que alguém faça isso comigo.
.
Não fui capaz de entender que devemos viver os momentos livres em companhia. Na companhia de grandes amigos ou na companhia de pessoas que ainda não conhecemos bem, mas que simpatizamos. Mas sempre acompanhados. Que não vale a pena pensar se aquela nova amiga é um potencial amor ou se através daquele amigo se vai conhecer alguém especial. Isso não interessa... se tiver que acontecer, acontece. Não vale a pena ter medo de que, ao fazer um convite, possa dar um sinal errado de um possível interesse.
.
Convidar significa simplesmente acho-te boa companhia.
Ser convidado significa simplesmente que nos acham boa companhia.
.
É urgente uma mudança de atitude na minha vida... a intenção existe, vamos lá a ver o que acontece!