Luvas
Senti o frio assim que saí pela porta do prédio. Aquele ar gelado bateu-me na face e fez fluir o sangue até à pele. Dirigi-me para o carro pensando naquelas luvas que perdi nesta rua. Foram as melhores luvas que tive... eram do mais simples que podia haver. Eram em cabedal preto e não tinham nenhum forro especial. Mas eram quentinhas passado um minuto de as ter colocado e agarravam-se ao volante como se das minhas próprias mãos se tratasse. Comprei-as numa loja de artigos desportivos, na secção de cavalaria e foram de um preço irrisório. Uma tarde, ao chegar a casa, devo ter deixado cair ao chão uma delas... assim se desfez o par. Voltei à loja para tentar adquirir outras. E realmente, lá estão luvas daquele género por lá... mas todas com a estúpida da marca em letras garrafais nas costas das luvas.
Enfiei-me no carro e dirigi-me para o trabalho pensando em todas as coisas que tenho que fazer... nada de grandes planos, nada de grandes projectos. Coisas simples como ir às compras, ir ao cinema, ir ao ginásio. Estacionei. Fechei o carro e iniciei a pequena viagem de dez minutos a pé. Pensei no que tinha pensado e reparei que já não me lembrava de nada... a mente tinha se limitado a vaguear. Assim fiz enquanto caminhava pela fina camada de nevoeiro que esta manhã enchia as ruas por onde passei... vagueei. Vagueei sentindo o frio a tocar-me a face... é bom sentir este frio, não é exagerado, suporta-se bem e faz-nos sentir mais vivos.
e já faz apetecer as castanhas quentinhas e a respectiva lareira... Um óptimo dia e um beijo rubro
Ora aí está uma coisa por vezes difícil de encontrar, umas luvas que não nos façam perder a sensibilidade do tacto.
Frio... A mim faz-me sentir que estou é doente! Um cházito, a minha cama e um edredon é que era! Olarilas! ;)
Foi uma dessas que te escondemos um dia?
Que maldade! Agora percebo a tua reacção. ;)
Mas nessa altura elas apareceram.
Enviar um comentário