Referendo
Eu sou pela Vida!
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E é precisamente por esse motivo que no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro vou votar Sim à questão Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Eu também sou pela vida! Mas não sei se a questão é só essa, trata-se de não criminalizar a prática de aborto, não julgar as mulheres que o façam... Não é assim tão linear... Este assunto mexe com a minha conciência, incomoda-me, ainda não sei como e se vou votar.
“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”
SIM, concordo. Como também concordo e discordo com outras coisas mais, mas não é isso que me estão a perguntar.
Esta lei é sobre a despenalização do aborto, em determinadas circunstâncias específicas, referidas na pergunta e é apenas isso. Não é uma “lei do aborto”. Não é uma lei que pretenda regular ou liberalizar o aborto, o "direito à vida", e todas as questões associadas, que vão surgindo na discussão.
A pergunta do referendo é objectiva e tem como finalidade decidir sobre a despenalização nas tais circunstâncias específicas enunciadas, e isso não significa que caso o “SIM” ganhe, o aborto passe a ser “liberalizado” ou que se diga sim ao aborto.
A penalização não impede o aborto e põe em risco a saúde da mulher.
Aqui fica a uma pergunta para todos os defensores do "Não":"Querem enviar as vossas familiares ou amigas para a cadeia? É assim que acham que o problema se resolve?"
Pois é...não é só aos outros que pode acontecer.
Recomendo a leitura de :
http://abortodireitoadecidir.blogspot.com/2006/12/interrupo-voluntria-do-dilogo.html#links
Eu também sou a favor da vida!
Também acho que existem desculpas que não fazem o menor sentido!
Claro que não sou a favor do aborto quando é só porque sim... ou porque as pessoas não tem o mínimo de cuidado com tanta informação que há hoje em dia! Quando as pessoas não tem o menor sentido da realidade e da vida. As coisas não podem ser feitas de qualquer maneira...!
Mas se existe um caso de violação, uma doença muito grave (e não estou a falar de deficiências, estou a falar de doenças que realmente não façam sentido que a criança sofra durante o tempo de vida,) entre outras coisas, acho que a mulher deve ter o direito de decidir!
Afinal, se uma mulher quiser mesmo abortar, vai arranjar alguma forma de o fazer... aqui ali ou acolá.... não será melhor faze-lo de uma forma segura? Quando faz sentido faze-lo...
Eu voto "sim".
Beijo*:)
Eu voto Sim!
Aceito que haja quem vote Não.
Só gostava que me explicassem uma coisa: se quem vota não vota porque ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém, então porque aceitam que tal seja feito se houver uma violação, ou uma deficiência grave? Aí já não há vida em jogo?
Quanto ao conhecimento dos métodos anticoncepcionais cuidado porque nenhum é 100% seguro.
Eu também voto sim.
Exactamente por defender o direito à vida. E à vida com direitos...
Concordo com a zeni.
E também por achar que esta é uma questão íntima, da consciência individual de cada pessoa, e uma questão de dignidade, votarei "sim".
ainda n vi nenhum pro vida em protesto à porta das embaixadas dos paises q continuam a praticar a pena de morte..
e gostava de ver toda essa pro vida na ajuda de quem precisa, ou só a cara de preocupaçao pro vida para com a criança de rua q lhe risca o carro..
voto sim, é claro. o minimo q se pode exigir é q se seja desejado neste mundo.
e eu existo por milagre mesmo. fui mto desejada mas por mto pouco n morri (junto com minha mae) no parto. o meu corpo entrou em sufoco, circulação parou, nasci com as maos e os pes roxos.. bem, eu não me lembro de *nada*. nasceria e morreria sem dar conta. já a minha mãe sim, senhora mui catolica que de repente, pra sua infelicidade, passou a usar contraceptivos. não tenho irmãos.
mas posso garantir que 26 anos depois também n iria ter nenhuma peninha de n tar viva, né? n li aqui ninguem com esse argumento mas ja o vi algumas usarem-no.. e porra, havera argumento + idiota??
Olha, eu quanto a isso...
Também eu :)
claro que voto SIM... liberdade é podermos fazer as nossas escolhas, liberdade é deixarem que cada um possa fazer a sua escolha...
Não estou a perceber. Então és pela Vida e votas SIM?
também me fez confusão esse argumento do \"sou pela vida voto sim\"!!
Enquanto mulher acho que mereço muito mais no apoio à maternidade do que uma solução de recurso que pouco dignifica o nosso corpo!
Estamos a fazer-nos mal, enquanto humanos, e parece que ninguém se dá conta!
E só a ideia de alguém ganhar dinheiro à custa de uma actividade destas repugna-me!
A sociedade falha muito se aceita esta situação!
É uma questão simples: queremos ver mulheres que fazem abortos serem juladas e criminalizadas e correrem risco de pena de prisão por terem feito essa escolha?...
Claro que Não!!!
Votar sim não é defender o aborto. Votar sim é votar na dignidade da mulher, na liberdade da escolha, na diminuição do risco de saúde que correm todas as mulheres que fazem e vão continuar a fazer abortos fora da lei e sem condições se este referendo não despenalizar de uma vez a interrupção da gravidez.
Sim, claro.
Despenalizar, claro.
Ainda nenhum dos defensores do "Não" que aqui se pronunciaram responderam à pergunta que coloquei no meu comentário inicial:
Querem enviar as vossas familiares ou amigas para a cadeia? É assim que acham que o problema se resolve?"
(porque é a resposta sincera a esta pergunta que determina o sentido de voto, antes de qualquer argumento!)
Também votarei sim, mas um sim muito menos convicto do que na 1º vez. Acredito na vida e por isso creio sinceramente que o aborto não é a solução. Tem que se investir em educação para o planeamento familiar, em democratizar ainda mais o acesso aos contraceptivos, apoiar futuras mães em dificuldades, etc., etc. Acredito que a prevenção tem que ser o caminho e que com prevenção quase não haveria necessidade de recorrer ao aborto. Infelizmente vivemos numa sociedade bastante imperfeita onde, para além de outras coisas, pelo menos uma enfermeiras prepotente de um centro de saúde (parte de planeamento familiar) disse um dia que não podia dar a pílula a uma utente, porque não estava na hora de atender (mas estava). Também mandou embora uma adolescente que pedia uma consulta urgente (poderia ser para pedir a pílula do dia seguinte, pelo seu ar assustado). Tudo só porque lhe apeteceu, porque afinal estava na hora do atendimento. Eu reclamei, claro, como não podia deixar de ser, mas a verdade é que situações como estas acontecem e não deviam acontecer.
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