terça-feira, janeiro 16, 2007

Vida

Com o último post não quis de forma alguma estar a discutir aqui porque se deve ou não deve votar Sim ou Não no próximo referendo. Quanto a isso sou completamente intransigente. O voto é de cada um, e cada um vota conforme a sua consciência. A democracia é isso mesmo! Votar... e a vontade da maioria é soberana.
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Agora o que não admito de forma alguma é que alguém, seja lá quem fôr, insinue que pelo facto de eu votar Sim eu seja, de alguma forma contra a Vida. Será que por votar Sim eu sou a favor da morte?! Será que as pessoas que votarem Sim estarão a favor da morte? Será que são contra a Vida!?
Eu não admito lições de moral de quem quer que seja! Tenho uma sólida formação moral! Transmitida a mim pela educação que os meus pais me deram e pelas instituições de ensino, católicas diga-se de passagem, que frequentei. Eticamente considero-me irrepreensível! Parece exagero?! Talvez seja... mas é a verdade. E quem me conhece pessoalmente sabe que assim é.
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O que tenho assistido por parte dos defensores do Não são autênticas campanhas de desinformação. Campanhas essas completamente inadmissíveis num mundo e sociedade civilizada em que vivemos. Aliás... essas mentiras e desinformações só podem ser vistas, pelo menos aos meus olhos e à luz da religião que muitos dizem defender, como algo de perverso e pecaminoso.
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A questão é só uma, e não é uma questão se o aborto ofende a minha sensibilidade moral. A questão é se eu acho que as mulheres que interrompam uma gravidez até às dez semanas devam ser penalizadas criminalmente. E quanto a isso eu não tenho nenhuma dúvida, quer moralmente quer eticamente. Nenhuma mulher deve ser penalizada criminalmente!
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A Religião e o Estado devem estar separados. E quanto a isso nada melhor do que as próprias palavras de Jesus, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mateus 22, 21).
Será que a Igreja admitiria que um Estado tentasse intervir nalguns dos seus cânones? Penso que não! E custa-me ver a Igreja gastar tanta energia nesta questão, quando há outras que mereciam o dispêndio da sua energia e para as quais está mais vocacionada.
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O facto de esta lei vir a ser promulgada nada obriga a que as pessoas que são contra utilizem essa possibilidade. Se as ofende, então não usem esse direito. Recordo... é um direito, não um dever! Os tempos da imposição à força da moral religiosa sobre a sociedade civil já acabaram há muito. E não preciso recordar a ninguém o que foi o respeito pela vida nesses tempos!
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Agora... lições de moral!? A mim?! Ninguém!!! Tenho uma formação ética e moral sólida e irrepreensível!
E sim, sou pela Vida! Uma Vida com dignidade para toda a gente!

Anónimo disse...

Mai'nada!

Anónimo disse...

era essa a explicação que devia ter acompanhado o post anterior "sou pela vida por isso voto sim", porque de facto da forma como estava exposto não se precebia bem qual era a lógica da afirmação (sem qualquer tipo de juízos de valor)

Anónimo disse...

não me parece que a intransigência e inflexibilidade face a opiniões diferentes (e nunca sermões, se bem que até os sermões podem ser lidos e analisados) seja de alguém eticamente irrepreensível!
Lamento que não tenhas entendido alguns dos comentários!

Esplanando disse...

Lamento que alguem pense que por votar Sim sou contra a Vida!

Isso é que não admito! E não torno a falar deste assunto.

Anónimo disse...

Mary e Luísa:

(vou fazer a mesma pergunta pela terceira vez - ver post anterior)

"Querem enviar as mulheres, inlcuindo vossas familiares ou amigas, para a cadeia? É assim que acham que o problema se resolve?"

(porque é a resposta sincera a esta pergunta que determina o sentido de voto, antes de qualquer argumento!)

Anónimo disse...

Abençoada lucidez a tua!

Anónimo disse...

Zeni:
Porque partes do principio que a minha posição é NÃO? E porque fazes essa pergunta como quem aponta uma faca?
Eu apenas nao comprendo a lógica da frase: Sou pela vida por isso voto SIM porque normalmente os NÃOS usam precisamente o argumento da defesa da vida do feto.

Anónimo disse...

Zeni:

Porque partes do principio que sou pelo NÂO? e porque é q fazes essa pergunta como quem aponta uma faca?
A minha unica estranheza é o argumento "sou pela vida" para defender o SIM, sendo que normalmente esse é o argumento dos NÃOS: a defesa da vida do feto

Anónimo disse...

desculpem, no 1º comentário deu erro por isso é q repeti.. Afinal ficaram os dois

Pequenina disse...

Esplanando : Quem fala assim não é gago :P

:) *

Anónimo disse...

Mary:

Agora quem está confusa sou eu!
No post anterior tu fizeste o seguinte comentário: "Não estou a perceber. Então és pela Vida e votas SIM? "

Donde deduzi que eras a favor do "Não". Esta é a típica pergunta dos defensores do "não". Peço desculpa pelo mal entendido, se o houve.

E quanto à "facada": não estou a apontar facas a ninguém! Simplesmente quero ser objectiva e chamar a atenção para a objectividade da pergunta do referendo e levar as pessoas a serem objectivas também, com elas próprias.

Não me interessa enveredar por uma discussão vã. O essencial do referendo é que as pessoas se perguntem a si próprias (independentemente da sua posição sobre o aborto) se querem ou não enviar as mulheres para a cadeia. Sim ou Não? (e pensem nas suas familiares e amigas, porque em casa e na cabeça dos outros nós não sabemos o que se passa verdadeiramente, por melhor que se conheçam as pessoas e não há métodos contraceptivos 100% seguros). É isto que está em questão e mais nada.

A discussão sobre a vida, sobre a mulher, sobre a maternidade, é outra coisa, que deve ser discutida por todos, nas devidas instâncias, mas que não está a ser referendada.

Os defensores do "não", independentemente das suas ideias sobre o aborto, têm que decidir essa simples questão: cadeia ou não cadeia?

Esplanando disse...

Mary, minha cara amiga Mary! :-)

Em relação a ti não fiquei com nenhuma ideia sobre o teu sentido de voto. E isso é-me indiferente... porque, como disse, a democracia é isso. Cada um vota como entende.

O que não gostei da tua parte foi teres um certo tipo de pensamento associado aos argumentos e slogans do Não.

Os defensores do Não falam como se os que votam Sim não tivessem respeito pela Vida. Como se fossem monstros que são pró-morte.
E isso não é verdade!

Eu sou pela Vida e é precisamente por isso que voto Sim.
O facto de ter começado aquele post daquela forma foi precisamente para mostrar que o argumento do ser pela Vida é um falso argumento e está a ser usado de forma demagógica.

Por isso reafirmo... Eu sou pela Vida e por isso voto Sim.

E isto eu nem deveria estar a explicar... porque se alguém não percebe é porque acha então que estando eu a votar Sim é porque sou um defensor da morte... que não sou pela Vida. E isso ofende-me!

E agora sim... não tornarei a falar mais do assunto. Abri esta excepção porque tu, embora te conhecendo pouco, o pouco que conheci merece-me todo o respeito.
(quer dizer... eu penso que esta Mary é a Mary que estou a pensar)

Anónimo disse...

ZENI:
A grande questão (a meu ver) é que a pergunta não é assim tão objectiva e não se resume a mandar ou não mandar para a cadeia. Fosse disso que realmente se trata e não havia metade da controversia que há. Será ingenuidade pensar que é SÓ isso. Em politica e na vida nunca é SÓ isso, e este tema peca logo por esses dois pontos!
A garnde questão é que atrás dessa pergunta vêm uma serie de outras perguntas inevitáveis (não formuladas) e toda uma serie de respostas (não dadas) e uma serie de pressupostos erradamente tomados (ou não, conforme).
Isto para dizer que acho que a pergunta não é objectiva nem vai ao cerne da questão.

Anónimo disse...

Esplanando:
Estranhei que usasses um argumento que normalmente está associado ao NÃO, para defender o SIM.
Os slogans não sou eu que os faço e as campanhas muito menos...a associação de conceitos VIDA = NÃO, não e minha é dos responsáveis pelas campanhas!
Mas tambem não acho que SIM = MORTE e nenhuma campanha faz pensar isso...pelo menos a mim.

Salseira disse...

Eu concordo com a Zeni.

A pergunta é clara e directa. Eu penso assim e, como tal, voto SIM.

Mas gostava de saber, Mary, porque achas que não é clara? O que se esconde por trás da pergunta? Gostava de perceber a tua posição...

Para mim o melhor argumento é:

Voto SIM porque abortar não é obrigatório.

Ninguém vai ser obrigado a abortar. Quem acha que não há nenhuma razão para se fazer um aborto e for confrontado com essa situação pode decidir não fazer. Mas quem acha que tem os seus motivos, que só ele sabe quais são, vai poder fazê-lo em segurança e não arriscar ir para a cadeia.

Mas mais uma vez, eu pergunto:

Quem diz que é contra a despenalização do aborto por ser a favor da vida e entender que um feto já é uma vida então porque é que acha que uma violação é um motivo para abortar, ou uma criança com uma deficiência grave?

Se a ideia é "aborto=homícidio" então este deveria ser proibido em qualquer situação. E não me dêem o exemplo da auto-defesa porque o bébé não fez mal nenhum à mãe.

Anónimo disse...

Mary:

É claro que o referendo levanta uma série de questões associadas! De que estive eu a falar? Não leste? Mas a pergunta é objectiva, ninguém o pode negar: "Cadeia ou não cadeira?"

Queres enviar as mulheres para a cadeia? sim ou não?

Caríssimos, podem desfiar o rol de argumentos que quiserem, em que acreditam (não é sobre isso que estou a questionar). Mas depois disso tudo dito, pensado e repensado, tomem uma decisão: Cadeia ou não cadeia? É isto que está a ser perguntado, no referendo, mais nada!

Não se escondam atrás de argumentos. Têm que tomar e assumir a decisão que tomaram! E se forem votar "Não", a decisão é "para a cadeia", independentemente dos argumentos que vos levaram a optar por isso. Isto é que é preciso ter consciência, do que significa votar "não"e votar "sim".

Não é ingenuidade, é objectividade!

Anónimo disse...

Se calhar ainda não leram bem a pergunta do referendo. Já leram?

3ap disse...

só porque o meu conceito de vida implica amor, ser amado..
lamento, mas do que + vejo neste mundo são mesmo mortos vivos. só acho q é bom cuidar dos que cá estão (sim, aqueles mesmo a quem vc passa ao lado no metro) e evitar q nasçam muitos mais assim.

se os pór vida se ocupassem de cuidar, de amar quem de facto está vivo.. eu conseguiria plo menos admirar-lhes a coerencia. peço desculpa, mas na maioria dos, ironicamente chamados de "pro vida" não consigo mesmo deixar de os ver como moralistazinhos falocraticos. machismo num homem custa mas entendo, é lhes dificil entender, mas numa mulher doi, porra..

E o que de bom voce hoje já fez por quem não tem ninguém?

Anónimo disse...

Xiclet:

Não quero questionar-te sobre o teu comentário, os teus argumentos, não é esse o meu objectivo agora. Só quero perguntar (na sequência dos meus comentários anteriores): Queres enviar as mulheres para a cadeia? Sim ou não?

3ap disse...
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inBluesY disse...

assumo q gostei da posição do exsplanado no post anterior, e gostei pq me identifico com o essa ideia, aliás o próprio parágrafo diz tudo. confesso que me faz confusão as pessoas não verem de facto a realidade da vida que vivemos, e deixarem se levar por argumentos que por vezes não são afinal de contas bem o real, pq é tudo muito bonito sim mas a verdade é que todos nós fazemos e temos atitudes menos boas, erros comentem-se quase todas as semanas (mais coisa menos coisa) e não acredito em seres perfeitos, lamento. depois existe toda uma realidade de extrema pobreza sim existem pessoas que tem frio, nao tem como alimentar nem a si nem aos outros, existem coisas tão simples como se ficar gravida e não se estar preparada para tal, SIM porque caso não se saiba é bom que estejam todos preparados e a conversa de onde se cria um cria-se dois ... não é bem assim, podem haver muitos casos felizes mas tb os há que são profundissimas tristezas.

o que eu acho, e como mãe que sou, acho que basicamente ninguém deve decidir por mim e nem pelo pai também, que por acaso poucas vozes se ouvem sobre isto falar, porque tambem existem muitos bons pais e excelentes homens, por acaso. acho que é ridiculo colocar-se na praça publica questões que se fossem as proprias a estar lá provavelmente resolveriam diferente e às escondidas, porque há que assumir muitas mulheres passam a fronteira para abortar...

e se este fosse um estado de direito e sem medos, democracia como deveria ser na realidade, acredito que muitas mulheres iriam assumir que um dia tiveram de abortar, porque as sei que há, é pena que tenham que viver com esse segredo, e não podendo assumir.

eu sou pelo SIM porque sou pela VIDA, cinco estrelas esplanando.

3ap disse...

unicamente porque.. (sera assim tao complicadio de ver isto?) não é uma vida que está em causa mas sim a conduta sexual da mulher em si. Ou aborto não se poria nunca em caso de violações. E se de facto um feto no ventre vale tanto quanto um adulto, também nem faria nenhum sentido abortar fetos com deficiencias.. é que ninguem ta a pensar em matar os adultos que entretanto ficaram deficientes, pois não?

o meu corpo não é um bem social.

Anónimo disse...

Xiclet.(

Ainda não me respondeste à minha pergunta.

E para ti própria, já respondeste? Já disseste para ti própria "eu vou votar "Não", tendo consciência de que estou a votar para que as mulheres sejam punidas com a prisão, porque acho que .... (e aí entram todos os argumentos que achas válidos e que não estou aqui a questionar, agora).

Anónimo disse...

Xiclet: se ainda não leste bem a pergunta do referendo, lê agora, no post anterior e depois responde-me ( e a ti própria).

3ap disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
3ap disse...

mas eu vou votar Sim.. :)

se não respondi foi porque achei que a pergunta não me era dirigida. problemitas de interpretação?

Anónimo disse...

Xiclet:

LOL!! Eu não percebi, desculpa.

ok, então o teu caso (e o meu) é:

"Eu vou votar SIM, tendo consciência de que apenas estou a dizer que não quero ser responsável por mandar as mulheres para a cadeia porque acho que blá blá blá ( e aqui entram todos os argumentos que consideras válidos para responder, objectivamente, à pergunta)!

3ap disse...

claro q n.. a minha melhor amiga ta grvid, tem mtos problema$$, *muito$* mesmo. vou mesmo com ela a espanha "resolver" a coisa, foi o meu ultimo salario quase todo, tou a zeros, + o pouco que ela ainda conseguiu arranjar..
e achas q a deixava na mão? faço aquilo q agradeceria q fizessem por mim. n me pesa a consciencia!
alguem aqui se canditaria pra criar do puto??

3ap disse...

a verdade é q nunca ninguém espera q lhe aconteça, nem mesmo as + cuidadosas, e depois.. =/
n desejo mesmo a ninguem esse susto.

Proud Bookaholic Girl disse...

Clap Clap Clap... Bato palmas... Subscrevo totalmente... ;)

Anónimo disse...

Salseira:

Algumas das questões que se escondem atrás deste referendo têm que ver com conveniências de agenda política e sobretudo arranjar uma forma de permitir a entrada de clínicas espanholas no mercado português. O mercado está a pressionar e o governo a acusar o toque...essa é uma questão política e económica (porque essas clínicas vão pagar impostos assim como a legalização das que até agora operam no escuro).
A outra questão é saber se foram dadas à mulher todas as alternativas para evitar esse acto de violência (mesmo quando feito por opção da própria).
Teve acesso à informação (aqui entram as novelas, os filmes, a net, etc.) para saber que tendo relações sexuais desprotegidas há possibilidade de uma gravidez e transmissão de doenças?
Teve acesso à contracepção?
Teve acesso a consultas de planeamento familiar, disponíveis em centros de saúde e hospitais?
Ao optar por uma resposta está a pressupor-se que tudo isso foi respondido também! E nem sempre é assim...
Antes de responder sobre a despenalização temos de responder, antes de mais sobretudo perante nós próprias, sobre a responsabilização.

Anónimo disse...

então vamos lá a ser objectivos, sem facas apontadas a ninguém...
a questão do referendo não é clara, de facto, e porquê?
ponto 1: porque encapota uma situação nova na lei, uma nova excepção às três já existentes, que consiste em liberalizar a prática do aborto, permitir, aceitar, deixar que se faça, até às dez semanas, a pedido da mãe, sem qualquer critério.
ponto 2: exactamente por se achar que será talvez excessivo, e dependendo de cada caso, os tribunais apreciam CASOS individuais, todos eles com circunstâncias únicas (uma das ideias que faz com que a jurisprudência não seja lei), por isto é que nenhuma mulher, que eu saiba, foi presa!
ponto 3: as excepções existentes na lei, para quem pergunta porque é se aceita na violação, por exemplo, são situações em que se entende que haverá uma menor censurabilidade, procurando-se manter a coerência com outra lei, igualmente em vigor, que defende o dto à vida, aliás, e para quem não sabe, a nossa lei já consagra alguma tutela aos fetos! Para perceber a questão da censurabilidade basta pensar na ideia de auto defesa, são conflitos de direitos.
ponto 4:isto não é uma questão de semanas, de tempo, a vida e a morte não se determinam por semanas, então já não parece hipócrita que uma mulher que aborte com 10 semanas e um segundo já volte a ser criminosa!
ponto 5: e ninguém pensou, esplanando, que eras contra a vida, mas a vida também é feita de um antes, que eu saiba há dois mil anos que não há geração espontânea, são precisos dois intervenientes que são responsáveis!esta alteração não vai proteger as mulheres desfavorecidas!

Anónimo disse...

Luísa:

E depois de expores esses argumentos todos, de pensares e repensares, qual é a resposta à minha pergunta (que é a pergunta do referendo)? Cadeia ou não cadeia?

Anónimo disse...

a tua pergunta não é a pergunta do referendo, apela à compaixão de quem não quer ver, obviamente, uma mulher presa depois de ter passado pela violência do aborto, contudo a interpretação leva-nos a uma situação que não aceito enquanto pessoa que espera mais da sociedade em que vive, temos entendimentos diferentes!!
nenhuma mulher foi presa por ter abortado, já tentei explicar que na elaboração de uma sentença concorrem muitos factores que fazem de cada caso um caso!
A ausência de critérios é que me choca, ser a pedido, independentemente de poder ter condições para ter a criança!
não achas que merecemos melhor? que protejam a família, que dêem realmente liberdade para escolher, que a sociedade diga, tem esse filho porque nós ajudamos...isto a quem precisa de ajuda!!
a discussão é muito boa, mas nestes casos não leva a grande porto, até porque não faço tenções nenhumas de te convencer do contrário!votem bem!

Anónimo disse...

Luísa:

O que eu acho ou deixo de achar não está em discussão (aqui, agora), nem o que tu achas. Assim como não está em discussão a aplicação da lei, na práctica.

O que está em discussão, através de uma pergunta 8que é a do refewrendo), é se concordas ou não com o envio das mulheres para a cadeia (idependentemente de depois elas irem ou não, efectivamente, para o "xelindró"!).

O que está em causa, não é uma interpretação da pergunta (com todos os valores morais associados), mas uma tomada de posição objectiva perante um facto, que é a situação de aborto. Está em causa responder à pergunta: penalização (cadeia) ou não penalização?

Responde, Luísa:
Queres enviar as mulheres para a cadeia, como penalização por fazerem um aborto?

Anónimo disse...

é impressionante como se dedica tanto a discutir a morte quando devíamos discutir a vida e a sua qualidade, esta solução não vai trazer qualidade de vida, as questões enumeradas pela mary continuam por responder e essas é que são as perguntas que devíamos fazer...

Anónimo disse...

Luísa,

Pela milésima vez:

Até agora não discuti sobre nada, nem sobre vida nem sobre morte. Só fiz uma pergunta. E tu até agora ainda não respondeste à minha questão, que é a questão que se pergunta no referendo! Já a leste?

Se para ti, é assim tão difícil responder a essa questão, como podes já ter decidido que vais votar "Não"?

É um contrasenso, porque não és capaz de responder (a começar para ti própria) que queres que as mulheres sejam penalizadas com a prisão, mas és capaz e estás decidida a ir votar "não". Não vês como uma coisa e outra são a mesma coisa? E que votar "sim" significa apenas dizer "não concordo com a penalização da cadeia"?

3ap disse...

Zeni, creio q podemos concluir q sim.. fosse a irmã, a melhor amiga..

a moral a cima de tudo, claro..
(sim, porque há determinado tipo de "vivencias", que implicam mto sofrimento, castraçoes, humilhaçoes e tal, a q mto concretamente o meu sentido ético não me permite chamar de *vida*)

e enfim, talvez elas todas até tenham mesmo condiçoes pra ter filhos assim de um modo completamente inesperado e a pergunta nem lhes afecte minimamente. ou talvez sejam celibatárias. como eu já vou sendo há mto tempo.. lol
é q dado o histerismo.. eu tenho mesmo medo, e acredita q preferia matar-me a ter q ser mãe á força. juro q me mataria no dia em q sentisse que o *meu* corpo não seria mais propriedade *minha*, mas um bem social.. eu não sou fabrica de procriaçao.

e bolas, depois sou do genero.. atadinha, n conhecer ninguem, envergonhada. acho mesmo q nem ninguem saberia.. O.o

Anónimo disse...

Tens razão, não há que estar com lições de moral! Cada um tem direito à sua opinião livre.