domingo, junho 18, 2006

Stout

Existe um remédio para as minhas neuras...
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Depois de ter passado a manhã no ginásio e de ter almoçado no centro comercial decidi enfiar-me numa sala de cinema. Cheguei a pensar que seria a primeira vez que iria ver um filme numa sala deserta, mas quando estava prestes a começar entra outro solitário na sala.
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O filme estava a agradar-me mas passados uns 40 minutos recebo uma mensagem escrita. Era um convite para ir ao cinema. Não hesitei... levantei-me e fui-me embora ao encontro de quem me convidava. Noutro ponto da cidade acabei por entrar noutra sala de cinema para ver outro filme... este vi por completo toda a sua projecção.
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No final prometi um gelado a quem me acompanhava... procurei os Meninos do Rio, mas lá não havia... segui até à Portugália, mas parecia fechada... abanquei na esplanada do Armazém F onde também não havia gelados... estou a falar de gelados da Olá. Era desses que queria.
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Acabámos por beber uma Sagres Preta... queriamos Stout mas também não havia.
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O que houve foi uma bela tarde de sol a bater na cara e em amena conversa até que o vento refrescou e nos levou a terminar o domingo.
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Sim... existe um remédio para as minhas neuras...

quinta-feira, junho 15, 2006

Someday

O que fará com que um homem adulto esteja descalço, de calças de ganga e t-shirt a vaguear pela casa com a música deste blog no máximo e a acompanhá-la aos altos berros no momento em que ela diz You motherfuckers you'll sing someday... You motherfuckers you'll sing someday... You motherfuckers you'll sing someday... ?

Dupla

A day at the movies... assim foi o meu dia.
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Num dia feriado em que não se pode ir à praia e nem sequer estava bom tempo para esplanar... e, confesso, em que a disposição também não estava grande coisa o melhor que podia fazer era mesmo enfiar-me no cinema. E fiz uma coisa que nunca tinha feito... ver dois filmes de seguida. Foi mesmo dose dupla.
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O primeiro é um filme excelente que arrisca-se a passar completamente despercebido... tem uns laivos de Magnólia embora não se compare ao brilhantismo desse. É, talvez, o filme mais agradável de ver actualmente em cartaz. Chama-se Os amigos de Dean. O título não é apelativo, o cartaz também não, a apresentação não reproduz bem o que o filme é. Mas se querem um tempinho bem passado no cinema este é uma boa escolha.
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O segundo que vi é algo fora do vulgar... Hard Candy! Um filme que não deixa ninguém indiferente... garanto-vos que se forem ver irão contorcer-se na cadeira... várias vezes!!! Um filme que não se pode chamar de terror, mas é de um suspense aterrador por vezes. Brilhante!
Ah... e bastante recomendável a quem já conheceu gente pela net... provavelmente depois de o verem irão pensar duas vezes antes de o tornar a fazer!
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Foi realmente o melhor que podia ter feito para um dia destes... dois filmes extraordinários!

Rollercoaster #02

Going down...

quarta-feira, junho 14, 2006

Pontes

Passear é bom... é agradável. Viajar sem destino vendo as paisagens passar por nós... suaves, bonitas. Esse espectáculo de cores e imagens faz-nos bem à alma.
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Mas queiramos ou não, toda a viagem, todo o passeio tem sempre um destino. Quer queiramos ou não há sempre um ponto de destino na nossa cabeça. Pode ou não estar bem definido. Por isso o conceito de viajar sem destino não é totalmente correcto. Mas o que é certo é que gostamos de o usar... e é verdade que às vezes fazemos desvios não programados só para ver o que aquela estrada nos vai mostrar.
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Mas esses desvios não nos devem afastar muito do caminho que pretendemos... do destino que temos em vista.
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Assim é na estrada... assim é na vida. Se eu sei exactamente o que quero, se eu sei exactamente o destino que pretendo atingir nesta altura então para quê os desvios? Sei onde quero ir... mas não sei como lá chegar. Então a lógica diz-me que eu devo esforçar-me ao máximo para encontrar esse caminho. Não descansar enquanto não o atingir.
E cada vez que penso que não há estrada para este veículo devo-me lembrar que em tempos já foi impossível atravessar rios... que já foi impossível atravessar oceanos... que já foi impossível atravessar desertos... que já foi impossível chegar ao espaço... muita coisa já foi impossível, mas muita coisa deixou de o ser porque alguém descobriu como o fazer!
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Quanto aos desvios... talvez os desvios sejam bons para espairecer o espírito... para aproveitar a paisagem... para reflectir... para conhecer coisas novas... mas não deixam de ser desvios. A importância deles reside simplesmente no prazer da novidade... e na possibilidade de encontrar um novo caminho.
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Mas enquanto o trajecto estiver bem definido os desvios não passam de desvios... e o importante é tentar por novos meios atingir o destino.
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Quem de carro quiser atravessar um rio constrói uma ponte... não é um provérbio, mas podia ser!

Frases soltas #13

Roça filha, roça!... Como Jean-Jacques Rousseau.

Conversas #06

Não se corre o risco de acordar aquilo que não está adormecido.

sexta-feira, junho 09, 2006

Despertar

Todos os dias o ritmo da vida nos obriga a isso... despertar! Bom, isto para aqueles que não adormeceram no sono eterno... mas disso não trata este post.
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De manhã é que começa o dia e há sempre alguma coisa a fazer. Quer seja ir para o emprego, quer seja algum assunto a tratar. O que é certo é que mesmo os felizardos que não precisam de trabalhar têm, nem que seja de vez em quando, que acordar a uma determinada hora.
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E para isso temos uma das invenções mais necessárias e, ao mesmo tempo, odiadas do mundo moderno: O Despertador!
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Não podemos passar sem ele. Embora o hábito de acordar sempre à mesma hora nos faz despertar naturalmente a essa hora a verdade é que não podemos confiar no nosso despertador natural. Temos que preparar o pequeno aparelho antes de dormir se não queremos correr o risco de ser acordados por um telefonema do emprego a perguntar onde raio é que estamos uma vez que já são onze da manhã!
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Por isso, todas as noites antes de dormir lá se verifica o despertador para ver se está tudo em ordem. No meu caso, e sei que é também usado por muita gente, o despertador que uso é o do telemóvel.
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Agora sim... agora chega o verdadeiro objecto deste post. A questão é que quando ele toca, a grande maioria das vezes eu não me levanto. Não... o que faço é carregar no botãozinho que adia por mais algum tempo. E isso é que foi uma grande invenção!
Essa grande invenção permite aos comuns mortais ter o segundo maior prazer que se pode ter na cama e que é aquela sensação de acordar e voltar a adormecer.
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Agora só um à parte... claro que é o segundo maior prazer porque se trata do meu caso. Outros haverá, não tão bons na cama, em que esse prazer se elege como o número um. Agora, depois de mais um momento de publicidade enganosa, continuemos sobre os despertadores.
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Pois é... é mesmo um grande prazer. E tenho que dizer que gosto de o fazer várias vezes seguidas... bom, esta também soou um bocadito a publicidade enganosa para quem gosta de descobrir duplos sentidos nas minhas frases.
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E é assim que algumas das minhas manhãs são passadas a carregar em botões... humm... isto hoje está demais. Só me saiem frases passíveis de segundos sentidos. Mas sim... gosto tanto daquela sensação que já cheguei a passar hora e meia naquilo... ui... outra vez!
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O engraçado da questão é que é completamente estúpido estar a acordar e a adormecer durante uma meia-hora ou mais. Mas assim é que sabe bem... embora um gajo não descanse nada assim. O meu telemóvel toca de nove em nove minutos. E é assim que vou acordando de nove em nove minutos até ao momento em que decido que já é demais e realmente me levanto.
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Outra coisa engraçada é porque raio de nove em nove minutos!?!? Houve um engenheiro qualquer na Sony Ericsson que decidiu que o despertador tocaria de nove em nove minutos. Mas porquê?!?! De cinco em cinco ou de dez em dez eu compreenderia... mas nove!?!?
Eu tenho uma teoria... eu acho que esse engenheiro foi colega na escola primária do gajo que tirou marketing e que depois foi trabalhar para os gelados da Olá e decidiu que as caixas do Super Maxi deveriam ter nove unidades... só pode!

terça-feira, junho 06, 2006

Rollercoaster #01

Há coisas com piada. E se eu, a grande maioria das vezes não a tenho, já a minha mente é uma constante caixa de surpresas para mim próprio. Imagino então para quem me conhece mal o rollercoaster que é. Para quem me conhece acho que já nem se preocupa e limita-se a observar e a absorver.
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Ontem preparava por aqui um post sobre as inconstâncias dos meus humores, para dissertar sobre essa montanha-russa. E como estaria a iniciar uma fase bastante a pique depois de um pico bastante alto no sábado passado.
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Foi quando se deu um daqueles momentos simples que nos fazem alterar instantaneamente. Ultimamente não tenho muitas trocas de emails, mas foi precisamente uma pequena frase enviada no meio de uma conversa por mail que me fez sorrir. Dizia tão somente que os meus eram doces... meigos... urgentes e quentes... Não lido bem com elogios. Aliás, fico mesmo embaraçado quando os ouço, mas neste caso gostei de ler. Alterou radicalmente o meu estado de espírito.
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Como que a confirmar a inversão de um estado que se encaminhava rapidamente para down, tive uma bela noite de passeio pela Feira do Livro. Quase duas horas de passeio e conversa numa noite de muita suavidade... quer na temperatura quer no estado de alma.
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Uma frase foi capaz de inverter o meu estado de alma. Um passeio e conversa boa assegurou que se mantinha uma tendência bem disposta.
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Não há dúvida que o meu espírito funciona como uma montanha-russa.

segunda-feira, junho 05, 2006

Houston

A vida prega-nos partidas... acho que ela gosta de ser irónica, ainda mais do que eu naqueles dias bons em que gosto de mandar umas piadas secas, mas bem afinadas, rechedas de vinagre e de bom-humor quanto baste.
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A última paixão que tinha tido foi há muitos anos atrás... mais precisamente em meados de 2000. Foi há muito tempo...
Passei estes anos todos a desejar que voltasse a acontecer. E voltou, para grande felicidade minha... mas é claro, tinha que vir aquela história do Cuidado com aquilo que desejas e a paixão não foi correspondida.
Afastei-me e voltei a aproximar-me quando senti que podia gerir bem a situação. E sim, consegui gerir muito bem mesmo. No sábado fui com ela ao Rock in Rio... e foi um dia absolutamente espectacular. Mas o que não estava à espera é que voltasse a explodir aquilo que estava em vias de ser bem arrumado e fechado num contentor.
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No domingo a disposição não era muita... não parava de me repetir Houston, we have a problem! E sim... tenho um problema grave entre mãos. E é até bem simples de analisar...
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Sabendo eu da raridade com que me apaixono, sabendo eu que paixões não acontecem por duas pessoas ao mesmo tempo, sabendo eu que estou com dificuldades em esquecê-la... então eu tenho um problema!
Preciso esquecê-la para prosseguir, a melhor forma é ter a sorte de me apaixonar por outra e, no meu caso, essa situação é rara de acontecer! Ou seja... huge problem!
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Possiveis soluções... bom, soluções permanentes não há! Não há nada que resolva a situação.
Posso aventurar-me em relações casuais que serão divertidas e interessantes. Satisfatórias sob variadíssimos aspectos. Relações descomprometidas em que as pessoas envolvidas saibam o que podem esperar.
Talvez possam ajudar a esquecer, a ultrapassar... por enquanto mais do que isso não posso oferecer!
Acho que é a única coisa que posso fazer...
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Houston... we have a big, huge, hairy, fucking problem!

quinta-feira, junho 01, 2006

1755

Bom... é verdade! Não tenho escrito quase nada... e não é por andar muito ocupado. É mesmo falta de vontade ou então falta de tema.
Isto no meu blog... quanto a leituras de outros blogs isto vai pelo mesmo caminho.
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Enfim... vamos lá a ver se insisto um bocado a ver se sai qualquer coisa.
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Há poucos dias, em conversa com alguém que lê este blog, falámos que talvez seja do calor esta crise de produção. Talvez... vou assumir que sim! Uma coisa é certa... independentemente de a produção ser fraca ultimamente o blog está aqui para durar. Posso afirmar que foi das melhores coisas que decidi fazer!
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Realmente a escrita está a sair um bocado forçada... OK! Vamos falar um pouco de outras coisas.
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Como disse há poucos dias ganhei dois bilhetes para o Rock in Rio num concurso da Sumol. Os bilhetes era suposto virem por correio. Ontem liguei para lá a tentar saber como as coisas estavam a andar. Devo dizer que o atendimento foi do melhor e fiquei agradavelmente surpreendido. Mas o que não estava à espera de saber era que as cartas ainda não tinham seguido. Acabou por ficar combinado que eu vou lá buscá-los pessoalmente. Assim será hoje ao final da tarde... veremos se corre tudo bem.
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Ontem jantei com a minha tia. Esta tia, que também é madrinha, está emigrada em França vai para muitos anos. Hoje regressa para lá. Não sei bem se já se reformou... mas foi professora de Português para muitos filhos de portugueses em França. Depois do jantar fomos ao teatro ver 1755 O Grande Terramoto. Gostei bastante da peça e recomendo a qualquer pessoa que goste de História... mas atenção, a peça não pretende ser um retrato histórico. A peça mistura factos históricos e personagens históricas com histórias ficcionadas mas que podiam muito bem ter se passado na Lisboa daquela época.
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Continuo sem saber quem me enviou a tal SMS incógnita... se foi mesmo quem eu desconfiei e para quem respondi essa pessoa não se descoseu.