Um ano
Faz amanhã um ano a última vez que falei contigo.
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Era uma sexta e, como habitual nessa semana, fui ter contigo por volta das 16:30h.
Fiquei lá até às 19h... hora a que acabava a visita. Ao despedir-me disse Volto na segunda... durante o fim-de-semana vem muita gente. Partiste no domingo sem ter oportunidade de voltar a falar contigo.
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Amanhã há uma missa por ti cá em Lisboa... dois dias antes de fazer um ano, mas precisamente no dia em que faz um ano que te vi a última vez.
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Fazes-me falta...
Como seria se soubéssemos antecipadamente que aquela seria a última oportunidade para falar com aquela pessoa?
A dor não seria ainda maior?
Penso muitas vezes que, por vezes, não damos o devido valor às pessoas, porque contamos que elas cá estejam sempre.
Eu vivo com o fardo de não saber se amanhã vou cá estar. Não quer dizer que não viva, muitos e muitos anos, mas já estive em de perigo 3 ou 4 vezes. Tenho conseguido cá continuar, porque tenho muita força de viver e o coração é forte. Mas, às vezes, penso, até ao dia...
Também já me aconteceu não morrer por um triz, apenas porque um caramelo resolveu passar um vermelho, quando o verde abriu para mim, na Av. da República. Lembro de levar o pé ao travão e de ter ficado em estado de choque. E a minha amiga à minha espera no Saldanha...
Não teve de ser. Quando for, será.
De qualquer forma, nalgum lugar, quem parte sabe que faz falta a quem cá ficou. E, de uma forma ou de outra, quem partiu continua presente, nem que seja no nosso coração.
Bjs
Sei como é perder alguém, sei do vazio e da saudade que não se pode matar. No meu caso, não cheguei a tempo e alguém se foi sem eu poder ver pela última vez... Mas está sempre comigo, eternamente no meu coração... assim é com aqueles que amamos.
Um grande abraço.
Pode ter partido, mas se existia um laço entre vós, está ao teu lado. Pode ser infantil... mas eu acredito em anjos da guarda. E quem melhor do que as pessoas que nos amam para nos proteger
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