terça-feira, janeiro 30, 2007

Passagem de ano

Acabei de descobrir que a minha próxima passagem de ano vai ser muito diferente e, provavelmente, vou finalmente divertir-me a sério numa passagem de ano!!!
.
É estranho estar a falar em passagens de ano em finais de Janeiro, pensarão vocês. Não é assim tão estranho, digo eu!!!
.
Ena! Que sorte!!! Não foi a pensar nisso, mas que sorte!!!! É mais um grande aliciante!!! Para aqueles que ainda não perceberam do que estou a falar por falta de informação, que mais tarde será facultada, então eu deixo a seguinte pista:
.
Sou um cão com sorte e estou a ser um bocado porco em não contar tudo já!

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Play me #11

Pois bem... foi uma passagem rápida dos Dresden Dolls por aqui. Agora que já voltei a poder escolher o que ponho segue um grupo fascinante.
.
São os El Perro del Mar que, ao contrário do que possam pensar, não são espanhóis mas sim suecos. Mais uma banda desse país que nos tem presenteado com inúmeros conjuntos alternativos no último ano ou dois.
.
Aqui ficam os El Perro del Mar, no álbum homónimo e com o tema God knows (You gotta give to get).

Edredon

Enfiar um edredon com as dimensões de 240*220cm numa capa de iguais dimensões é uma tarefa que não foi pensada para uma pessoa só. No mínimo seriam necessárias duas... o ideal seriam quatro!!! Mas após luta árdua consegui levar de vencida a hercúlea tarefa. Até que nem foi mau porque há muito tempo que a minha cama não via tanta acção em cima dela.
.
Outra coisa... o facto de eles classificarem o edredon como "quente" só prova que o teste foi feito com um casal. Acredito que aquilo seja "quente" quando está lá debaixo o calor de duas pessoas, mas não é assim tão quente quando se trata de uma só pessoa. Se soubesse o que sei agora tinha trazido o "muito quente". Esta noite vou ter de pôr mais uns cobertores por cima. Será que esta gente não pensa que há pessoas sozinhas a dormir em camas de casal? Ou será que eu passei a ser friorento? Não me parece... sempre fui um rapaz quente! Humm... deve ser mesmo o frio completamente anormal e a minha casa não estar nada preparada para isso. Deixa cá acrescentar um pormenor técnico à casa dos meus sonhos... a partir de agora a casa dos meus sonhos, para além de varanda e lareira, terá que ter aquecimento central.

domingo, janeiro 28, 2007

Fim-de-semana

Até que nem foi mau o fim-de-semana que passei. Nada de muito especial, mas até se passou bem. Vamos lá recordar muito resumidamente...
.
A noite de sexta foi passada nas aulas de iniciação teatral. Foi muito interessante desta vez. Um professor novo. Houve um momento forte para mim... a dada altura foi pedido que cada um avançasse sozinho, em frente de todos, e dissesse ou fizesse por gestos algo que o definisse como pessoa ou actor e depois dissesse ou fizesse por gestos algo que procurasse para si próprio. Eu optei por dizer algo sobre mim... avancei e declarei Eu sou um triste... procuro alegria. Depois das aulas voltei para casa e por cá fiquei.
.
No sábado acordei relativamente tarde. Tive que alterar os planos que tinha para a noite... não gosto muito disso mas teve de ser. À tarde fui ter com as minhas duas melhores amigas cá de Lisboa ao IKEA. Andava à procura de uma coisa... acabei por trazer várias. Enfim... até nem é meu normal em espaços comerciais. Mas de vez em quando tenho de dar largas ao consumismo. Depois disso fomos almoçar. Conversou-se um pouco e regressei a casa. Foi altura de montar o que tinha comprado... eu até gosto mas foi um pouco cansativo. E aquilo não se aplica bem ao espaço onde pretendo que fique. Mas acho que com alguma alterações da minha autoria vai dar.
.
Quando chegou a hora do jantar agarrei no carro e fui até à paragem de táxis mais perto... é um hábito hoje em dia para poder estar à vontade com a bebida. O jantar foi agradável e bem disposto. Mas aconteceu-me uma que nunca, e sublinho nunca, me tinha acontecido.
Numa outra mesa estavam três raparigas e uma delas passou o tempo inteiro a olhar para mim. Eu reparei, e de vez em quando olhava para ela para ver se seria minha impressão... mas não, era mesmo para mim. Digamos que estava a ser galado pela primeira vez na minha vida. Pelo menos a primeira vez que eu tivesse reparado. A confirmação chegou já quando tinhamos acabado e nos preparávamos para sair. Uma delas veio ter comigo e disse A minha amiga gostava de te conhecer. Porquê!?! respondi eu. Realmente foi uma resposta sem jeito, mas eu realmente não estou habituado a estas coisas e não tenho o mínimo jeito para isto. Mas pronto, lá fui cumprimentá-la. Fizeram questão de perguntar para onde nós iamos e de dizer para onde elas iam. Era para o mesmo sítio... uma discoteca mesmo ao lado com pouco jeito chamada Sabor a Brasil. Lá dentro encontrei-a ao longe. De vez em quando ela olhava como quem diz Vem cá falar comigo, mas eu não fui e passado pouco tempo acabei por vir para casa. Não estava com espírito e, sinceramente, não me estava a apetecer uma situação de engate... nunca gostei dessas coisas.
.
Mas realmente não percebo... nunca me aconteceu uma destas! Será por agora andar sem óculos?! Talvez sejam os olhos... sempre me disseram que eram bonitos. Também nunca percebi essa. São castanhos como a grande maioria das pessoas... talvez seja pelas pestanas serem longas. O que é certo é que andaram sempre escondidos atrás dos aros e das lentes.
.
No dia seguinte acordei e lembrei-me O carro ficou perto da paragem de táxis! Lá fora fazia um frio de rachar e chovia. O chapéu-de-chuva estava no carro. Estava literalmente entalado em casa. Não podia ir ao café e ainda por cima estava frio porque o meu aquecedor é a gaz e a botija tinha acabado no dia anterior. Até já estava no porta-malas do carro para ser trocada.
Tive que me decidir, vesti um casaco que tem capuz e lá fui tomar um café e ir buscar o carro. Depois segui para o Colombo para comprar um livro que a minha mãe tinha pedido. Depois seguiu-se a aventura de trocar a botija. A botija que tenho é da Repsol... umas botijas pequenas, muito fáceis de transportar. Fui nada mais nada menos do que a seis, sim seis, estações de serviço da Repsol. Estavam esgotadas!!! Quando ouvi pela sexta vez o Não temos! chateei-me, fui à Galp e comprei uma botija e respectivo adaptador. Finalmente podia ir para casa... já passava das duas, não tinha almoçado e estava gelado. Encomendei uma Telepizza só para não me chatear mais. Enquanto esperei fiz a montagem do adaptador, liguei a botija da Galp e, depois, liguei o aquecedor.
.
Mais tarde ainda fui ver o Scoop... que até nem gostei muito. Quer dizer, gostei mas achava que ia ser bom. E no entanto achei-o um filme vulgar.
.
E agora estou aqui a escrever. E pronto! That's it!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Frases soltas #23

Your music is one true eargasm.

Thanks

E, mais uma vez, a menina dos olhos bem abertos resolveu-me aqui o problema com a música. Já tinha sido assim quando tinha perdido a versão do I Like Birds dos Eels que tenho nos meus gostos. Um dos sites que ela me mandou funciona perfeitamente e já posso fazer o upload das músicas que quero. E foi o que fiz ontem no Zoom Digital, coloquei lá uma nova música dos Värttinä, um grupo finlandês que vi a actuar em Sines no Festival Músicas do Mundo. É uma onda um bocado para o festival eurovisão da canção, mas é agradável e eu gosto.
.
Agradeço também o link que a maria menina me enviou. Valeu! Mas não me consegui entender com esse site. Mas obrigado na mesma.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Play me #10

Só há poucos dias reparei que os links das músicas dos meus três blogs deixaram de funcionar. Se calhar já está há algum tempo assim. Fui ver e é o site para onde fazia os uploads que deixou de dar. Por isso, agora estou limitado às músicas que encontro e não às que escolho.
Se alguém tiver conhecimento de um bom site para fazer uploads de mp3 como era o Filelodge que eu usava então agradecia que me dissessem.
.
Então, por enquanto vão ficar uns que já cá andaram várias vezes. Os The Dresden Dolls com Dirty Business. Simplesmente porque gosto deles, adoro esta canção, adoro a letra e encontrei este link.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Cor

E nas noites negras de escuridão e geladas de azul surgem fantasmas vítreos assaltando o espírito verde de esperança com imagens de vermelho fogo de desejos... horas brancas passadas em tons de rosa carne. Abri a cancela de seres estranhos mitológicos dançando em busca da pureza que paira no ar. O ar amarelado do calor pesa sobre o chifre do rinoceronte que corre sôfrego para o penhasco fundo onde corre a seiva da floresta virgem. Ventos correm e apoiam as asas do albatroz que se sustem no alto junto às folhas velhas e ressequidas de tons castanho claros escurecidos pelo poder do sol que se esconde atrás das montanhas de gelo que derretem inundando de destruição os vales profundos onde habitam seres nunca vistos e imaginados de cores alegres tristes de sorrisos que saiem correndo em gargalhadas sonoras que ofuscam com a sua luz o raio que troa ao longe de raiva. As listas do tigre passam despercebidas junto ao fogo que brota das pedras duras do gelo que se liberta das almas que fogem a tentar alcançar quem as clama. E no mar, ondas de prazer ondulam nos cabelos claros da espuma que se liberta das rochas desfeitas pelos sons dos gritos das cobras que se enrolam naqueles que ousam desafiar o fio do tempo. Negros cavalos cegos galopam pelas núvens cinzas doces que abraçam a lua numa dança diabólica milenar de bruxas queimando histórias de desencantar. E no fim... tudo está calmo. O vento não sopra. As cores não tingem. Os sons não tocam. Resta só o solo que se move em explosões calmas de fogo expelindo a água que lava a maldade das raízes da não existência.

Futuro

É triste chegar a esta conclusão depois de tantos anos investidos nesta casa... mas a realidade é só uma. Não há nenhum futuro para mim na instituição onde trabalho. Se continuar aqui nunca chegarei longe... aliás, nem sequer a parte alguma. Mudar de vida é absolutamente necessário e urgente.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Dúvidas

Terá sido uma mera coincidência terem sido feitos dois comentários por parte de dois bloggers diferentes com um intervalo de um minuto e meio? Sendo que esses dois comentários foram feitos num post publicado há quase um ano? Post esse que nunca tinha sido alvo de comentários? E sendo ainda que as duas frases têm um estilo bastante semelhante? Humm... será mesmo coincidência?
.
E o que dizer de um anormal fluxo de comentários anónimos nos últimos tempos? Quando os comentários anónimos foram sempre muito raros neste blog?
.
Enfim... os comentários não me chateiam nada. Mas a dúvida... ai a dúvida...

Meeting

A ideia surgiu há pouco tempo. Duas lembraram-se desses tempos distantes e pensaram Podiamos fazer isso! Não era muito difícil de fazer, mas a realidade é que era preciso que alguém se mexesse para que acontecesse. E foi o que elas fizeram! E quem tem espirito de iniciativa faz o mundo mexer... faz o nosso mundo mexer! Pegaram nos contactos que ainda tinham, falaram, marcaram, pediram Se tiveres contactos de outros fala com eles, mas não era fácil. A poucos dias do grande evento estavam menos de dez. Eu próprio tinha dito Tenho pena, mas não vou, e quando insistiram eu pedi que compreendessem, que o que tinha em Lisboa este fim-de-semana era algo importantíssimo para mim. Dois minutos depois de ter lido o mail que desmarcava os planos para o meu fim-de-semana estava a mandar uma mensagem... estava a dizer que podiam contar comigo.
.
Mas, nessa noite, a mesa teve de ser alargada. Apareceram cerca de vinte. Alguns tinham mantido o contacto. Outros até se foram vendo a espaços ao longo dos anos. Os pensamentos corriam Não te vejo há dez... não te vejo há cinco... não te vejo há oito anos... não te vejo há dezasseis... Não mais que dezasseis. Tinha sido há dezasseis anos o ponto em comum daquele grupo que se sentava à mesa na passada noite de sábado. Tinham sido colegas, na mesma escola, no 12º Ano. Mas muito mais em comum tinham para além desse facto. Foi um ano excepcional para muitos de nós. A junção das diversas turmas do 10º e 11º nas poucas turmas do 12º Ano, o muito tempo livre que tinhamos, a necessidade de organizarmos festas para angariar fundos para a viagem de finalistas levou a que se criasse um clima de união, de grupo, de amizades fortes e de até cumplicidades próprias daquelas idades.
.
A vida separou-nos. Mandou-nos para terras diferentes, cursos diferentes, vidas diferentes. As ligações perderam-se ou mantiveram-se a espaços quando os acasos nos levavam a encontrar. Mas as amizades não se perderam. Foi bom ver que aquelas amizades se mantinham. Como se tivesse sido há poucos dias atrás a última vez que tinhamos estado juntos.
.
Contaram-se histórias desses tempos, rimos a bom rir de situações que há muito não se recordavam. Momentos que fazem parte de mim e deles. Momentos em comum de alegria. Falou-se da vida. Do que nos aconteceu. Do que fizemos e do que fazemos. Falou-se das alegrias que temos, das tristezas, dos desejos que não aconteceram. Falou-se das viagens que realizámos. Dos amores que tivemos. Fizeram-se resumos alargados de uns e de outros. Aquele vive ali, aquela está casada, estes já têm filhos, estas estão grávidas, uns estão separados, outros casaram separaram e encontraram outro, outros nunca casaram. Falou-se de feitios. De maneiras de ser que afinal não mudaram assim tanto. Gostava de ter tido um gravador na mão quando fizeram uma análise de mim... e afinal essa análise continua tão actual. Só retive és um desligado, sempre foste. Mas tudo o resto que disse era verdade na altura, e ainda é hoje em dia. Não desconsiderando os outros, essas palavras vieram de quem mais gostei de rever. Era uma pessoa especial e que apreciava muito. Daquelas pessoas que só se pode gostar pela sua maneira simples e directa de ser. Uma pessoa do melhor que há e uma amiga daquelas... com um A grande. Também gostei de ver o único casal da noite. O jantar estava proibido a parceiros... mas eles, como tinham casado um com o outro, ali estavam. Não como casal, mas como colegas. Conheceram-se na minha turma do 10º! E ali estão... juntos, tantos anos depois!
.
A noite foi longa... no restaurante disseram para estarmos à vontade. E estivemos. Tão à vontade que às quatro da manhã foi quando decidimos sair dali e dar a noite por terminada. Mas não fosse nos sentirmos envergonhados pelo dono do restaurante estar pacientemente à espera que fossemos embora e penso que quando amanhecesse ainda estariamos na conversa. Despedimo-nos com a promessa de voltar a fazer isto, de tentar contactar mais gente. Espero que sim aconteça.
.
É impossível aqui descrever as sensações, sabores e sentimentos que esta reunião provocou. Falar aqui de tudo o que se falou seria impossível. Só posso dizer que foi extraordinário. Não é preciso encontrar as pessoas para saber que a amizade perdura e é verdadeira. Podem passar mais dezasseis anos até voltarmos a nos encontrar... mas sei que se tal acontecer vamos falar e estar uns com os outros como se tivesse sido há dois ou três dias a última vez que estivemos juntos.
.
Foi mesmo muito bom!

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Feitios

Realmente, devo ter herdado o hiperbolismo militante do meu pai... tenho tendência para os exageros a quente e para as frases radicais.
Dizer coisas do género comigo só se falha uma vez, não correspondem à verdade. Dependendo das pessoas há quem possa falhar sempre, há quem possa falhar algumas vezes até atingir um certo limite, e há concerteza quem não tenha muita margem para falhas. E, claro, isso depende muito do grau de confiança e conhecimento que se tem com as pessoas em causa.
No fundo é tudo uma questão de ponderar a situação, analisar, e depois decidir qual a atitude melhor que deve ser tomada.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Flags

Flags of Our Fathers é um belíssimo filme... não é extraordinário, mas é um belíssimo filme. Estava à espera de mais espectacularidade nas imagens de batalha, mas a intensidade do filme torna-o excelente. O desencanto sempre presente no filme faz com que seja um pouco pesado. Sente-se o peso que homens simples carregam nos seus ombros... homens simples transformados em heróis, mas que não se sentem como tal.
A imagem é um ícone. E independentemente de se ter pequenos ódios de estimação face à América, quem vê esta imagem sente o esforço e a dedicação de homens que lutaram e se sacrificaram para que o mundo fosse melhor... num tempo em que as lutas sentiam-se como causas.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Doors

Eu vou ter contigo eu prometo que vou!!!!!!! foi o que disseste. E para que não houvesse dúvidas repetiste no espaço da mesma mensagem as palavras EU VOU TER CONTIGO assim, desta forma, em maiúsculas como se gritasses para eu acreditar. E eu acreditei. Virá, concerteza pensei eu. Mas a dúvida pressentia-se nas minhas palavras. Acabaste por reafirmar noutra mensagem Se vou fugir? Recuar? Não, nunca! Jamais faria isso contigo. E para pôr um ponto final na discussão disseste Eu vou ter contigo. Acredita pois até agora nunca falhei contigo. Falhei? Diz-me sinceramente eu algum dia falhei contigo? Ainda assim duvidei. Tenho o hábito de duvidar e respondi Quanto a vires ter comigo um dia destes... acreditarei no momento em que te vir à minha frente. Aí a tua resposta foi implacável Pois vou cobrar-te essas palavras! Há mulheres fortes, influenciáveis, fracas, as que seguem os passos dos outros. Eu nunca segui os passos de ninguém, carrego o peso dos meus. São os meus passos, as minhas vontades, os meus impulsos, a minha raiva, a minha angústia, os meus versos, SOU EU QUE VOU ATÉ TI. Acredites ou não, eu vou. Não devias duvidar. E foi mesmo assim... os teus passos, as tuas vontades, os teus impulsos... mas foi a minha raiva e a minha angústia. Algum dia falhei contigo? Falhaste, e comigo só se falha uma vez. O furacão passou, depois da tempestade vem a bonança. É tempo de contabilizar os estragos e fazer as reparações. Fortalecer as defesas contra as intempéries. Ressentimentos?! Só contra mim... A Blitzkrieg teve o seu The End.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Vida

Com o último post não quis de forma alguma estar a discutir aqui porque se deve ou não deve votar Sim ou Não no próximo referendo. Quanto a isso sou completamente intransigente. O voto é de cada um, e cada um vota conforme a sua consciência. A democracia é isso mesmo! Votar... e a vontade da maioria é soberana.
.
Agora o que não admito de forma alguma é que alguém, seja lá quem fôr, insinue que pelo facto de eu votar Sim eu seja, de alguma forma contra a Vida. Será que por votar Sim eu sou a favor da morte?! Será que as pessoas que votarem Sim estarão a favor da morte? Será que são contra a Vida!?
Eu não admito lições de moral de quem quer que seja! Tenho uma sólida formação moral! Transmitida a mim pela educação que os meus pais me deram e pelas instituições de ensino, católicas diga-se de passagem, que frequentei. Eticamente considero-me irrepreensível! Parece exagero?! Talvez seja... mas é a verdade. E quem me conhece pessoalmente sabe que assim é.
.
O que tenho assistido por parte dos defensores do Não são autênticas campanhas de desinformação. Campanhas essas completamente inadmissíveis num mundo e sociedade civilizada em que vivemos. Aliás... essas mentiras e desinformações só podem ser vistas, pelo menos aos meus olhos e à luz da religião que muitos dizem defender, como algo de perverso e pecaminoso.
.
A questão é só uma, e não é uma questão se o aborto ofende a minha sensibilidade moral. A questão é se eu acho que as mulheres que interrompam uma gravidez até às dez semanas devam ser penalizadas criminalmente. E quanto a isso eu não tenho nenhuma dúvida, quer moralmente quer eticamente. Nenhuma mulher deve ser penalizada criminalmente!
.
A Religião e o Estado devem estar separados. E quanto a isso nada melhor do que as próprias palavras de Jesus, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mateus 22, 21).
Será que a Igreja admitiria que um Estado tentasse intervir nalguns dos seus cânones? Penso que não! E custa-me ver a Igreja gastar tanta energia nesta questão, quando há outras que mereciam o dispêndio da sua energia e para as quais está mais vocacionada.
.
O facto de esta lei vir a ser promulgada nada obriga a que as pessoas que são contra utilizem essa possibilidade. Se as ofende, então não usem esse direito. Recordo... é um direito, não um dever! Os tempos da imposição à força da moral religiosa sobre a sociedade civil já acabaram há muito. E não preciso recordar a ninguém o que foi o respeito pela vida nesses tempos!
.
Agora... lições de moral!? A mim?! Ninguém!!! Tenho uma formação ética e moral sólida e irrepreensível!
E sim, sou pela Vida! Uma Vida com dignidade para toda a gente!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Referendo

Eu sou pela Vida!
.
E é precisamente por esse motivo que no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro vou votar Sim à questão Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Unblock

Houve um momento em que se sentia a afundar... nesse momento apercebeu-se que tinha de se afastar. Assim o fez, muito bruscamente. O tempo passou, voltou a navegar. A sempre periclitante embarcação estava sem meter água há algum tempo já.
Um dia decidiu que já não fazia sentido o afastamento e voltou a aproximar-se. Percebeu, à medida que lhe falava, que ela continuava a exercer um fascínio sobre ele. Mas agora era diferente... ele estava mais sossegado no seu espírito e entendia melhor as coisas. Agora não lhe fazia mal... e podia falar com ela.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Tempo perdido

Sinto que perco o meu tempo... será mesmo perda de tempo? Ou será que perco o meu tempo com o tempo que passa pensando no tempo que perco? Será tempo perdido o tempo perdido pensando no tempo perdido? Definitivamente é tempo perdido o tempo que perco escrevendo este post sobre o tempo perdido. Por isso, não quero perder mais tempo a falar do tempo perdido ou sobre o tempo que perco pensando no tempo perdido.
.
Tempo... passa! Passa depressa! E eu vou perdendo esse tempo... sim, acho que estou a perder o meu tempo. Mas será mesmo que estou? Será que viver cada momento do tempo não pensando no tempo que passa é a solução? Ou será que viver cada momento do tempo pensando se estou mesmo a aproveitar o tempo é melhor? O futuro existe ou não? Se o que vale é o presente então o tempo não interessa, nem interessa o tempo perdido pois o tempo não existe porque só o presente existe.
.
Mas o futuro existe! Eu sou neste momento o futuro das palavras escritas há pouco tempo atrás. Mas na realidade não sou o futuro, sou o presente. Pois sou-o agora, neste momento. Assim sou o presente deste momento de tempo que sou agora. E o futuro não existe. Mas na realidade ele existe. Pois não pode haver presente sem futuro nem passado. Então se o futuro existe, estarei a perder o meu tempo? É uma questão que está sempre presente no meu presente. Não está no meu futuro, mas estará... porque o meu futuro será o meu presente. Mas se no meu futuro essa questão estiver presente, e sabendo que esse momento já será presente para mim, então é uma questão que não faz parte do futuro, mas sim do meu futuro presente... que existirá, e será presente e não futuro.
.
E lá continuo eu... perdendo o meu tempo pensando no tempo que perco. E sim, acho que estou a perder o meu tempo. Então o que fazer? Deixar passar o tempo presente para ver onde o presente me leva... no futuro. Futuro esse que não existe, porque nessa altura será presente! Mas o futuro existe... e é por causa dele que perco tanto tempo pensando no tempo que perco.
.
E quando o futuro chegar, já será presente... e terá passado tempo!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Geração tipo

Estás a ver aquela malta que tipo fala assim... tipo mais nova? Pois... é desse tipo de malta que estou a falar. Até parece que eu estou tipo a criticar. Mas não estou. É aquele tipo de malta que fala tipo assim. Nós estamos tipo a conversar e eles tipo sempre a meter tipo nas frases. É tipo meterem três e quatro tipos em cada frase. Mas será que este tipo de conversa é tipo desagradável? A minha resposta será tipo não. Quando em Julho passado fui tipo de férias para Sines acabei por ir tipo acampar. Foi assim tipo bom. Há anos que não acampava e muito menos passava assim tipo dias inteiros com malta tipo mais nova. Foi tipo um prazer escutar aquele tipo de conversas em que se metia três ou quatro tipos em cada tipo de frase. Tipo tás a ver, não estás? Foi tipo giro. Mas o que é assim tipo engraçado é que tipo ficamos com essa mania tipo metida tipo na cabeça. Ao final de tipo dois dias eu era tipo para aqui e tipo para ali. Mas a questão é que tipo no início eu estava tipo a gozar mas, depois tipo que aquilo ficou tipo cá dentro e já era tipo difícil fugir tipo daquelas conversas assim tipo assim. Mas é realmente tipo engraçado ouvi-los... mas torna-se tipo um pouco tipo cansativo. Será que tipo um dia destes eu vou tipo falar assim tipo sem me aperceber? Eu acho que não! Tipo não me estou a ver estar a ter tipo conversas deste tipo. Tipo acho eu que não.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Lost

Há muito tempo que me apetece escrever algo bom... mas nada sai!
Mas hoje talvez sim... hoje fiz dois comentários por aí. Por esse mundo que é a blogosfera que, tal como o Universo, é finito, mas está em constante expansão.
.
Num post que dizia que O Mundo é pequeno... eu respondi
Demasiado pequeno quando nos queremos esconder... demasiado grande quando queremos que nos encontrem...
.
Num outro post em que alguém falava que se sentia perdida eu respondi
Se estás perdida na cidade, deixa-te estar quieta que alguém te vai encontrar. Se estás perdida no campo, vai andando até encontrares alguém.
Agora a questão é? Onde sentes tu que estás? ;-)
.
E para quê falar destas duas respostas? É simples... a blogosfera é isso! E muito provavelmente a vida também é isso.
Queremos companhia... uns companhia para umas coisas e outros para outras, mas no fundo todos queremos companhia. Nem que seja a companhia das palavras dos outros. Mas acho que a maioria procura a companhia física de alguém... de alguém especial. Não necessariamente um(a) amante, mas definitivamente alguém especial.
.
E o mundo parece-nos enorme porque ninguém nos encontra e não encontramos ninguém... e muitas vezes já nem sabemos bem o que fazer, se ficar quieto à espera que nos encontrem ou se continuamos por aí em busca de encontrar alguém.
.
Na blogosfera é o que mais se vê... pessoas em busca de companhia!
.
Eu sou uma dessas pessoas...

domingo, janeiro 07, 2007

Bolo

Em dia de neura fiz um bolo. O dia não começou bem, o tempo não está convidativo para sair, a vontade de estar sozinho em locais públicos é nula... acabei por ficar em casa. Simplesmente sentindo o tempo passar. Numa cadência lenta. A televisão nem se liga, a rádio também não. No pc ainda estão várias dezenas de álbuns à espera de serem explorados, conhecidos, apreciados. Vou ouvindo-os sem ligar muito. Nenhuma sonoridade prendeu a minha atenção. Muita coisa boa... mas é preciso ser mais que isso para despertar a minha atenção. Sigo no tempo. A tarde vai fluindo. Pensei E porque é que não fazes um bolo? Assim fiz. O meu primeiro bolo. Não tinha balança, as medidas foram a olho. Já está feito. Não cresceu... mas a farinha dizia que já vinha com fermento. Pode-se dizer que é um bolo à minha imagem... o aspecto dele não é grande coisa. Mas o interior é bom... é saboroso. Por fora ficou negro... como o meu estado de espírito neste momento. Estado de espírito esse que melhorou por ficar a saber que sou capaz de fazer um bolo. Um pouco mais de prática e poderei fazer melhor. E pela casa ecoa um belíssimo cheiro a bolos. Em dia de neura fiz um bolo.

Pensamento #19

Será possivel que passados dois anos ainda existam merdas por resolver!

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Sonhos

Muitas vezes, quando acordamos, não nos lembramos do que sonhámos durante a noite. Mas às vezes a recordação fica bastante clara. Esta manhã foi uma dessas manhãs em que me lembrava perfeitamente do que tinha sido o meu sonho.
Não sou daqueles que acha que os sonhos têm significados... bom, talvez até tenham quando sonhamos com pessoas ou com situações.
Mas o de hoje não consigo entender nada... não tem lógica nenhuma e foge completamente à minha atitude racional.
Sonhei que tinha sido contemplado com o primeiro prémio do euromilhões. Tinha ficado dono e senhor de um ror de dinheiro. Até agora nada de especial... é um sonho que até acordado se pode ter. O estranho foi o que fiz com o dinheiro. Gastei-o todo na compra de um quadro, numa valiosa obra de arte... e depois destruí-o!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Plateau

A noite de passagem de ano terminou no Plateau. Não ia lá há muitos anos... concerteza que a última vez ainda tinha sido no século XX. Aquela casa não mudou nada... a decoração é a mesma, a música é a mesma. Foi bastante agradável.
Também foi bastante agradável ter tido um cortinado dos anos 70 a dançar à minha frente a noite toda... não me ligou nenhuma o cortinado, mas ao menos foi uma distracção naquela noite em que quase toda a gente tinha algo a que se agarrar. E eu, nem sequer um cortinado... um cortinado daqueles dos anos 70.