sábado, abril 01, 2006

Frida

Finalmente fui ver a Frida Kahlo. A intenção já a tinha há bastante tempo, mas o concretizar tinha vindo a ser adiado.
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Ontem, sexta-feira, deitei-me cedo. Nada programei para a noite e também pouca gente me faria sair de casa. Mesmo assim foi por pouco... quase que saí com uma boa amiga com quem não saio há bastante tempo. Mas acabámos por não sair... ela estava cansada e tinha de se levantar cedo. Eu acabei por não forçar sabendo claramente que se saisse não iria conseguir manter-me sem fumar. Já lá vão seis dias completos.
Como me deitei cedinho também me levantei cedinho... assim foi com agrado que entrei na exposição por volta das 10:30h da manhã e, com agrado também, constatei que não estava muita gente.
Pude passear à vontade... ler e reler as legendas dos quadros e fotos. Ver... ver bem os quadros. Vê-los à distância sem que ninguém se metesse à frente, vê-los de perto... tão de perto que podia observar a textura de cada pincelada e sentir a firmeza do pulso da pintora.
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Saí de lá por volta do meio-dia. Sentia a sensação de tempo bem empregue em cada golfada de ar fresco que inspirava. O sol estava tímido e assim tinha ar de permanecer.
Enfiei-me no carro. Óculos escuros e os Eels a tocar... sem destino. Mas a essa hora havia um bom destino de passeio mas de difícil estacionamento. Vou... se encontrar lugar paro, se não sigo, foi o que pensei. Lá rumei para a Feira da Ladra. Mas foi mesmo impossível... não importou. A feira é boa é de manhã bem cedo.
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Segui para o meu local favorito da cidade e fui almoçar. Munido de jornais e livros passei lá duas horas... queria ficar mais tempo mas algo me dizia que não queria estar sozinho numa mesa. Preferi a solidão da casa com a música a tocar. Tenho feito tantos downloads que não tenho tido tempo sequer de ouvir o que aqui está. Muitas das coisas nem sequer sei o que são... simplesmente saquei-os porque li qualquer coisa de bom sobre a música.
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Logo à noite vou à ópera. Será uma estreia para mim... gosto muito de ópera mas nunca fui. Vou ver o Rigoletto. O convite surgiu de uma pessoa com quem não tinha contacto há mais de um ano. Uma amiga de uma amiga de infância.
Não me agrada muito esta saída... temo que esta pessoa possa pensar que eu possa ser uma espécie de salvador para a vida dela. E eu não sou... muito longe disso. Mas custa-me muito ser antipático com quem conheço e com quem reconheço que percorre os mesmos caminhos que eu já trilhei e que felizmente já abandonei. Percorre aquela estrada do Não importa quem seja desde que seja alguém e eu sei que essa estrada é triste, feia e sem saída.

Unknown disse...

Bem...sê positivo, vais gostar de poder partilhar impressões sobre a ópera e depois acabam na cama para uma sessão de sexo descomprometido.
amanhã é outro dia, não se compliquem demais as vidas e cada um seguirá o seu caminho depois de uma noite agradável... ok ok, falar é facil, mas porque não? :P

Meia Lua disse...

Ópera, ou ama-se à primeira vista (ou audição) ou odeia-se. Não há meio termo. Eu amo.
Quanto à amiga... não penses nisso, vive o momento, às vezes existem surpresas e pode não ser nada do que pensas ou pode ser que sejas tu a ficar interessado... nunca se sabe :D

escorpiaotinhoso disse...

Boa Ópera... e boa companhia, que complicações não levam a nada...

Quanto à exposição da Frida (Magdalena de seu nome), também apreciei...

ET

alyia disse...

Oh rapaz vai lá ver a ópera e deixa o resto

Se uma míuda lhe oferecer um convite para a ópera isso é... hum... é um convite para a ópera!! :)

viveremsegredo disse...

'Não importa quem seja desde que seja alguém'...esta frase não faz grande sentido não achas? ou então quem a pensa é que não faz grande sentido...:)