segunda-feira, março 13, 2006

Amargo

Amargo... azedo... cínico...
Cheguei à conclusão que sou uma pessoa amarga. Será que é mesmo assim? Totalmente não será.
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Não é a idade que nos transforma em amargos ou em cínicos. É o trabalho! É o constante aturar de merdas, dia após dia.
As amarguras da vida, as tristezas, os cansaços vão-nos azedando... se não tivermos doçura para contrabalançar, a coisa fica mal. Fazemos comentários cínicos, olhamos a vida com algum azedume... por vezes reparamos nessas nossas atitudes e ficamos a pensar Onde e quando me tornei assim? Sim, porque nem sempre fomos assim e, mesmo agora, nem sempre somos assim.
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Doçura... coisas doces... mel... tudo isso é preciso para que os sorrisos saiam mais à vontade... com mais vontade. Reparo nas minhas inconstâncias. Na facilidade com que, com simples conversas, passo de um estado acre para um estado doce. Preocupa-me essas inconstâncias. Na maior facilidade com que acontecem hoje em dia. E depois... e depois é precisamente essas inconstâncias que me deixam animado e confiante. Pior seria se já não fosse capaz dessas mudanças. Dessas passagens de baixo para cima. Vejo perfeitamente que não sou amargo... que me basta momentos doces para mudar o meu estado de espírito da noite para o dia. Não!! Não sou amargo... basta juntar açucar e sou um doce.
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Este fim-de-semana foi doce... não porque tivesse açucar, não porque tivesse mel. Nada disso se passou. Foi, simplesmente, um fim-de-semana calmo. Calmo na cadência do tempo. O tempo passou devagar e suave. Suave como foi o tempo que esteve.
O tempo passou com temperatura amena, polvilhado de conversa suave, de deitar fora. Conversa com gente que vê a vida pelo seu lado doce... que pega na vida pelo seu lado leve. Pela leveza doce de quem sente que a vida ainda agora está a começar. Contactar com gente assim equilibra-nos. Nesses momentos sentimos que a alma não está tão escura.
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Pelos olhos de uns vemos a vida mais leve... pelas atitudes de outros temos vontade de viver mais intensamente.
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Conversas suaves com o tempo a passar... óptima forma de passar o fim-de-semana.
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Conversas doces de deixar tudo claro... expectante no que os tempos mais próximos nos irão trazer de doce. Tanto assim é que até sentimos um gosto mais doce na boca...

viveremsegredo disse...

gostei...

Anónimo disse...

Não acho que sejas uma pessoa amarga ou que te tenhas tornado numa. Os quase 15 anos de próxima convivência contigo, atestam a minha credibilidade, para dizê-lo.

Essas "amarguras" que falas serão fruto de uma vivência particular que não te deixa mais olhar a vida de uma forma inocente, despreocupada, leve. É o preço da maturidade.

Agora vês mais longe. Tens receios. Ficas amargurado por eles. Tens momentos de desespero. De falta de fé. De raiva contra o mundo. Contra Ele.

Mas haverá sempre momentos de doçura. És capaz de apreciar coisas simples e de te emocionar. De apreciar a vida como ela é, na esplanada à beira Tejo ou noutro sítio qualquer. Recebes bem as pessoas e gostas da sua companhia.

Nem era preciso eu dizer isto. Tu próprio, no post, acabas por dizer a mesma coisa.

Bjs

Rui disse...

Não há aí amargura. Há outras coisas, mas amargura não.

heidy disse...

Se tu fosses tão amargo como dizes, não te preocupavas com estes pormenores. Tudo te passaria ao lado.
Tem calma... tudo fica no seu lugar quando chegar a hora. :)

bejokas

Eb1Eng.ºDuarte Pacheco disse...

Que bom ler textos assim...cheios de mel.*

Caiê disse...

Qual amargo... O café é amargo? Tu também não! ;)

Sendyourlove disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
musalia disse...

espero que sejam doces...os teus próximos tempos. como o são a amizade e a ternura :)